O Estado possui 8.809 presos distribuídos em 4.265 vagas, o que significa que o número de presos é o dobro das vagas no sistema. O levantamento mostra ainda que a taxa de aprisionamento no RN é de 253,5%
O aumento da violência fez o Brasil ultrapassar a Rússia em 2015 e agora abriga a terceira maior população prisional do mundo, segundo dados divulgados nesta sexta (8) pelo Ministério da Justiça, através dos dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN), que é feito pelo Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN).
No Rio Grande do Norte, o número de presos é o dobro do número de vagas, com estas apresentando um déficit de 2.969.
A população prisional no RN era de 8.809 presos quando os dados foram coletados em 2016.
O levantamento mostra ainda que a taxa de aprisionamento no RN é de 253,5. Já a taxa de ocupação corresponde a 206,5% nos presídios do RN. Existem no Estado 2.969 presos sem condenação. O percentual de presos sem condenação no RN é de 33,7% da população carcerária.
Entre 2000 e 2016, a taxa de aprisionamento aumentou em 157% no Brasil.
Em 2000, existiam 137 pessoas presas para cada grupo de 100 mil habitantes. Em junho de 2016, eram 352,6 pessoas presas para cada 100 mil habitantes.
Eram 699 mil brasileiros presos em 2015, contra 642 mil russos. O Brasil só perdeu para os Estados Unidos (2,1 milhões) e a China (1,6 milhão).
O Brasil também tem a terceira maior taxa de encarceramento por 100 mil habitantes (342) desde 2000, quando o país ultrapassou os chineses (119). O índice é mais baixo apenas que o dos americanos (698) e da Rússia (445), mas é o único que está em crescimento contínuo desde 1995.
A coleta é realizada por meio de um formulário digital, preenchido pelos gestores de todos os estabelecimentos prisionais dos estados brasileiros.
O levantamento mais recente indica que o número de vagas no sistema prisional brasileiro diminuiu, na contramão da população carcerária, que só cresce. Foram registradas 3.152 vagas a menos (queda de 0,8%) e 28.094 presos a mais (alta de 4%) no primeiro semestre de 2016, com relação ao fim de 2015.
Com isso, a taxa de ocupação nas prisões saltou de 188% para 197% no período, ou seja, há dois presos para cada vaga em presídios no Brasil. Na prática, nove em cada dez detentos vivem em unidades superlotadas.
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