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Postado às 08h46 | 05 Jun 2017 | Edinaldo Moreno Vinte e oito cidades do Rio Grande do Norte declararam ter ní­vel alto de problemas com a droga

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Uma intervenção realizada na manhã do domingo passado, 28, na Cracolândia, região central de São Paulo conhecida pela intensa concentração de usuários de crack, com o fim de extinguir o local, reascendeu a discussão em torno da utilização da droga. A problemática não é exclusiva da capital do estado paulista. No Rio Grande do Norte, a situação também preocupa. 
 
Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostrou que quase 30 cidades potiguares declararam ter nível alto de problemas com o entorpecente. O Mapa do Crack, ferramenta do Observatório do Crack da CNM, dá conta de uma interiorização da droga pelo país, ao revelar que o entorpecente está cada vez mais presente nas pequenas cidades e zonas rurais do Brasil. 
 
A ferramenta traz um retrato de como o crack está afetando os municípios brasileiros e as principais regiões atingidas. O Rio Grande do Norte aparece com 28 municípios com nível alto de problemas com a droga. Outros 53 figuram com nível médio e 42 com baixo. Já 36 cidades potiguares são listadas como “sem resposta” e oito “sem problemas”, dentro de um total de 166 municípios. 
 
No Mapa, Mossoró é relacionada com nível alto de problemas relacionados ao consumo de crack. O levantamento aponta, também, que em todo o país, 1.154 municípios figuram na mesma situação da cidade potiguar, enquanto que outros 2.018 municípios brasileiros aparecem com nível médio e 1.200 com baixo. Ainda dentro dos 5.568 municípios do país, 945 figuram como sem resposta e 252 sem problemas. 
 
No estado vizinho ao RN, o Ceará, são 32 municípios com nível alto de problemas com a droga. Os dados da pesquisa são atribuídos às próprias prefeituras a partir do ano de 2010. Em dados absolutos, o estado de São Paulo é o que reúne o maior número de cidades com graves problemas gerados pela presença do crack. 
 
Foto: Reprodução
 
São 193, pouco menos de um terço dos 644 municípios paulistas. Minas Gerais ocupa a segunda colocação, com 191 municípios nesta situação, de um total de 852. As informações coletadas pelo Observatório do Crack tratam-se apenas de um mapeamento da circulação da droga e das dificuldades enfrentadas pelos gestores. Elas não mensuram, por exemplo, quantos usuários existem nessas cidades nem quantos são atendidos. 
Criado em 2010 para atender as demandas municipais, o Observatório do Crack é uma iniciativa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) que tem como objetivo disponibilizar informações sobre a circulação e o consumo de drogas no Brasil. 
 
REINSERIR 
A Confederação Nacional de Municípios entende a complexidade do tema e, por esse motivo, defende uma abordagem integrada no trabalho das redes de apoio ao usuário de drogas. Em 2015, a Confederação lançou o projeto Reinserir, que tem o objetivo de auxiliar os Municípios a atuar em conjunto, utilizando as ferramentas que dispõem, para uma resposta positiva sobre a temática da droga.
 
Em 2017, o projeto segue para o seu terceiro e último ano. Nessa fase, o foco está na preparação de seminários locais e regionais e apresentação dos resultados. O projeto Reinserir acontece na 4.ª região geoadministrativa da Paraíba, composta por 12 municípios. Contudo, outras duas cidades – Olivedos (PB) e Carnaúba dos Dantas (RN) – manifestaram interesse e foram incorporadas ao projeto.

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