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Postado às 15h35 | 05 Mai 2017 | Cesar Santos Cai Virgolino, o quinto secretário de Justiça do governo Robinson

Delegado civil fã de Lampião pediu exoneração da Sejuc

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Blog do César Santos

Virgolino Ferreira caiu em desgra?a com o governo Robinson desde a explos?o a Penitenci?ria de Alca?uz
Virgolino Ferreira caiu em desgraça com o governo Robinson desde a explosão a Penitenciária de Alcaçuz

O delegado civil paraibano Wallber Virgolino Ferreira não é mais secretário de Justiça e Cidadania (SEJUC) do Rio Grande do Norte. Ele entregou o cargo nesta sexta-feira (5).

Saem juntos com ele o secretário adjunto da pasta, Rodrigo Rodolfo Rodrigues, e o coordenador Carlos Américo Pereira de Oliveira.

A saída acontece no dia que Virgolino e sua equipe completam um ano a frente da Sejuc. Eles foram empossados no dia 5 de maio de 2016.

O pedido de exoneração de Virgolino não surpreende. Na verdade, ele já não mandava em nada desde a explosão da crise no sistema prisional, quando facções criminosas destruíram a Penitenciária de Alcaçuz, a maior do RN, com saldo de 26 presos mortos, a maioria degolada.

Naquele momento, Virgolino bateu de frente com o governador Robinson Faria (PSD), quando afirmou que o chefe do executivo potiguar havia negociado com líderes das facções o fim da rebelião.

Robinson negou, porém, evitou exonerar o secretário naquele momento para não agravar ainda mais a crise.

Delegado Virgolino Ferreira tem outro Virgolino, o Lampi?o, como ?dolo
Delegado Virgolino Ferreira tem outro Virgolino, o Lampião, como ídolo

Depois daí, Virgolino pouco trabalhou e passou maior parte do tempo em viagem para João Pessoa, capital paraibana, onde tem residência fixa. Inclusive, ele estava no vizinho estado quando explodiu a guerra na Alcaçuz.

A passagem de Virgolino na Sejuc foi desastre desde o primeiro momento, quando ele chegou afirmando que era linha dura e que bandido deveria ser tratado como bandido. O agora ex-secretário ajudou a agravar a crise, criando um clima ainda pior nas casas de detenção do Estado.

No seu período, inclusive, o RN bateu recorde de fugas, rebeliões e mortes dentro dos presídios.

Virgolino, que tem em Lampião uma espécie de ídolo, mantendo um quadro do bandido sanguinário em sua sala de trabalho, não conseguiu ser um “lampião” para amedrontar a bandidagem, muito menos um secretário capaz de conduzir bem o sistema prisional potiguar.

Ele foi o quinto titular da Sejuc em três anos e quatro meses do governo Robinson Faria, média de mais de um secretário por ano.

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