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Postado às 14h02 | 13 Mar 2017 | Fabio Vale Escalada da violência: Rio Grande do Norte se aproxima dos 500 homicí­dios em 2017

Observatório da Violência Letal Intencional estima que até o final do ano o RN terá 2.200 homicí­dios

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Fábio Vale/Da Redação

Quase 500 pessoas já foram assassinadas no Rio Grande do Norte em 2017. A estimativa é do Observatório da Violência Letal Intencional (OBVIO).

Segundo balanço da entidade, entre 01 de janeiro e 12 de março deste ano 486 assassinatos foram registrados no estado. O levantamento do Obvio dá conta ainda de que até o final de 2017, 2.200 homicídios sejam notificados no território potiguar.

Em um conteudo intitulado de "70 dias de violência no RN - Um período de chacinas", um dos integrantes do Observatório, Ivenio Hermes, analisa o atual conconteudo de insegurança pública presente no estado.

O especialista chama a atenção inicialmente para a morte de 26  presos na penitenciária de Alcaçuz no início detse ano. "Em fevereiro, após o assassinato de um policial (sem querer trazer qualquer ligação ao caso), uma nova chacina, desta vez no município de Ceará Mirim, onde pessoas foram assassinadas dentro de suas casas ou arrancados de dentro delas num espetáculo de trevas", pontua.

Ele cita aibda que o período de carnaval foi o mais violento da década, com 44 pessoas assassinadas e duas outras feridas mortalmente vindo a falecer nos dias seguintes. "Março inicia sendo palco de mais homicídios, duplos homicídios e, num episódio mais recente, nesta madrugada do dia 12, uma nova chacina tem lugar em uma festa em Mossoró", acrescenta.

"Assim, de homicídios, de duplos homicídios, de triplos homicídios e chacinas, o RN vai sendo apresentado à mídia nacional, e até internacional, afugentando turistas, afastando investidores, gerando desemprego…A violência acaba, desta forma, sendo retroalimentada pelo próprio executivo estadual. Ela bate às portas das casas para mostrar que ninguém está a salvo na locomotiva da morte em que as terras de Poti se tornaram.  Parece não existir maquinista, nem operador de vagões, nem controlador de curso e velocidade, apenas passageiros apavorados olhando pelas janelas sem crer no que está acontecendo", avalia ele.

 

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