Juíza entende que os presos são pessoas de extrema periculosidade, por isso, decidiu transferência
Os quatro presos suspeitos de participar das explosões a agências bancárias no Cabo de Santo Agostinho na semana passada deverão ser transferidos para um presídio federal. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (06) pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Na última sexta-feira (03), os acusados Geraldo Silva Andrade Junior, Wildemberg Martins de Souza, Alann Jhon da Cruz Silva e Gustavo Luiz do Nascimento participaram da audiência de custódia, em Jaboatão dos Guararapes.
Na ocasião, a juíza Mirna dos Anjos Tenório de Melo Gusmão atendeu o pedido do Ministério Público para a transferência dos autuados para o presídio federal de Mossoró.
A magistrada, considerando que são pessoas de extrema periculosidade, entendeu necessária a transferência para estabelecimento penal federal de segurança máxima, devendo o Juízo Natural adotar as providências necessárias à medida, consoante art. 3º da Lei 11.671/08 e art. 2º, §2º c/c art. 3º, I e IV, do Decreto nº 6.877/09.
Os presos tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva. "Entendo que não é recomendável a liberdade dos autuados, neste momento preliminar, sendo imperiosa a conversão de sua prisão em preventiva. Explico. A autuação indica a prática dos seguintes delitos: art. 299, 304, 157 § 2º, I, II e V, art. 121, § 2º, I, c/c art. 14, II, art. 251, 163, III, art. 180, todos do Código Penal (Falsidade ideológica; Uso de documento falso; Roubo com tentativa de homicídio; Explosão; Dano contra o patrimônio; e Receptação), inferindo-se um atuação de grande porte, seja pelo modus operandi, seja em considerando o armamento e instrumentos utilizados na ação".
Com relação à Ailton Maciel de Oliveira, a juíza determinou a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, devendo o mesmo ser apresentado para a audiência de custódia, imediatamente após restabelecida sua condição de saúde.
Ação
A investida criminosa terminou com cinco suspeitos mortos, quatro presos , além de três vítimas feridas e armas e explosivos apreendidos. Na madrugada do dia dois de março a quadrilha explodiu equipamentos do Banco do Brasil, do Itaú e invadiu também a agência da Caixa Econômica Federal (CEF).
De acordo com a polícia, no entanto, os suspeitos não tiveram acesso aos cofres grandes e levaram apenas moedas e uma pequena quantidade em cédulas de menor valor.
Os assaltos começaram por volta das 3h30, quando algumas pessoas que estavam no Centro do Cabo foram rendidas pelos criminosos. Durante aproximadamente uma hora, os bandidos invadiram uma residência e efetuaram diversos disparos contra a sede da Defesa Social do município impedindo a saída dos guardas municipais que estavam de plantão.
A Delegacia do Cabo e uma viatura também foram alvos dos disparos. Cerca de dez pessoas foram feitas reféns pelo grupo, três delas ficaram feridas. As vítimas foram abandonadas em um canavial. A polícia não descarta o envolvimento de membros da quadrilha em outras investidas, como o assalto contra a empresa de segurança de valores Brinks, no último dia 21 de fevereiro.
Fonte: Diário de Pernambuco.
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