Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (09) aponta a capital do Rio Grande do Norte como a segunda do Nordeste com mais violência física contra a mulher. Natal é citada no levantamento da Universidade Federal do Ceará (UFC), em parceria com o Instituto Maria da Penha (IMP) e Instituto de Altos Estudos de Toulouse (França), apenas atrás de Salvador, capital da Bahia.
Segundo o estudo, conclui-se ue as cidades de Salvador, Natal e Fortaleza ostentam o ttulo negativo de cidades mais violentas em termos de violência doméstica física, com prevalências de 19,76%, 19,37%, e 18,97%, respectivamente.
A pesquisa também mostra que a capital potiguar apresenta maior prevalência da violência doméstica na gravidez. Uma das evidências da análise de dados da Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar foi a de que 3 em cada 10 mulheres (27,04%) nordestinas sofreram, pelo menos, um episódio de violência doméstica ao longo da vida.
Os números do estudo mostram que é preponderante o papel de parceiros atuais e ex-parceiros no cometimento de violência doméstica. Em casos de violência física e sexual, ex-parceiros chegam a suplantar os parceiros atuais.
Durante a infância, aproximadamente 1 em cada 5 mulheres (20,1%) soube de agressões físicas sofridas por suas mães, e por volta de 1 em cada 8 mulheres (12,3%) disse que seus parceiros ou ex-parceiros recentes também tinham conhecimento de agressões sofridas pelas mães.
O relatório foi apresentado na noite desta quinta-feira (08) em entrevista coletiva em Fortaleza, como parte da programação que assinala os 10 anos da Lei Maria da Penha. Durante toda esta sexta, são realizadas palestras e painéis que pretendem aprofundar as discussões sobre os números trazidos pela pesquisa.
Confira aqui a íntegra do estudo.
Com informações da Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC.
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