Após um fim de semana em que 27 pessoas foram assassinadas, o Rio Grande do Norte segue em passos largos para ultrapassar a marca de 1,8 mil homicídios em 2016. Ao menos é o que indicam a média de crimes letais praticados este ano no estado. O alerta foi feito nesta terça-feira (11) pela deputada estadual Márcia Maia (PSDB) durante pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa no início da tarde.
Os números apontados pela parlamentar são baseados nas estatísticas do Sindicato da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (SINPOL). Até a manhã de segunda-feira (10), 1494 assassinatos haviam sido praticados no estado, com cerca de três meses para o fim do ano. Em 2015, foram mortas 1653 pessoas no estado, uma média de cinco pessoas assassinadas por dia.
"Imaginem que se mantivermos a mesma média até o fim do ano, vamos superar o ano sangrento que já foi 2015 em quase 13%, ou seja, teremos ao final de 2016, 1866 pessoas assassinadas em nosso estado. É preciso implementar um conjunto de medidas urgentes para contrapor essa onda de violência que tem tirado vidas e acabado com a paz das pessoas", afirmou Márcia.
Em curto prazo, a deputada defende policiamento ostensivo com maior efetivo nas ruas para oferecer segurança ao cidadão, com melhores condições de trabalho, seja com armamento e infraestrutura adequada, além das devidas promoções e requalificação aos policiais.
"Mas é precisamos ir além. Para ter uma sociedade de paz, tão importante quanto uma estrutura do estado que assegure a paz, precisamos plantá-la todos os dias no coração das nossas crianças e jovens. Estado e municípios precisam trabalhar em parceria, ainda mais em um momento de crise", pontuou Márcia.
De acordo com ela, a crise não pode servir como justificativa de maneira indefinida para a falta de investimento e a paralisação de políticas públicas, bem como, de ações importantes para a sociedade norte-riograndense.
"Precisamos de políticas de assistência social, emprego e renda, cultura e esporte. Enquanto defendemos a segurança do dia a dia, hoje, através da polícia, é fundamental também que tenhamos um olhar sensível para o futuro, isso poderá garantir que os números a serem destacados nesta Casa, nos próximos anos, sejam de conquistas na segurança pública, saúde, educação e cultura", concluiu.
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