Quinta-Feira, 13 de março de 2025

Postado às 09h30 | 27 Jul 2020 | Redação Governador do Piauí é alvo de operação da PF por desvio de recursos do Fundeb

Governador Wellington Dias, do PT, é alvo de busca da terceira fase da Operação Topique. A primeira-dama do Piauí, deputada Rejane Dias, que foi secretário de Educação, também é alvo da operação. PF investiga crimes contra os recursos da educação

Crédito da foto: Polícia Federal/Cedida Polícia Federal na Secretaria de Educação do Estado do Piauí

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), amanheceu o dia com a Polícia Federal na sua porta. Ele é alvo da 3ª fase da Operação Topique, que investiga crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações, usando os recursos da Educação.

A Polícia Federa realiza buscas na casa do governador, na Secretaria de Educação e, também, na Câmara dos Deputados, gabinete da deputada Rejane Duas (PT-PI), que é a primeira-dama do Piauí e já secretária de Educação.

A 3ª fase da Operação Topique, realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF), cumpre 12 mandados de busca e apreensão em Teresina (PI) e em Brasília (DF). As ordens foram expedidas pela Justiça Federal no Piauí.

As investigações descobriram que entre os anos de 2015 e 2016, agentes públicos da cúpula administrativa da secretaria da Educação do Piauí se associaram a empresários do setor de locação de veículos para o desvio de, no mínimo, R$ 50 milhões de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE).

Mesmo após as outras duas operações da PF, o governo do Piauí manteve contratos ativos com as empresas participantes do esquema criminoso que totalizam R$ 96,5 milhões entre os anos de 2019 e 2020.

“Os recursos públicos desviados, quantificados em relatórios de auditoria da CGU, foram obtidos a partir de pagamentos superfaturados em contratos de transporte escolar”, afirmou a PF, em nota.

“As empresas beneficiadas, destinatárias de pagamentos em volume cada vez maior a partir de 2015, formavam um consórcio criminoso estável e estruturado, simulavam concorrência em licitações e, com participação de servidores públicos, se beneficiavam de contratos fraudulentos.”

A Polícia Federal afirma haver indícios de que as mesmas empresas atuam em fraudes similares em outros municípios do estado desde 2008, “lucrando com a subcontratação parcial ou integral dos serviços, que são prestados por terceirizados, em condições de total insegurança para os alunos da rede pública de ensino”.

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