Domingo, 23 de fevereiro de 2025

Postado às 09h30 | 23 Set 2022 | redação Disputas pelos governos estaduais têm diferenças milionárias nas campanhas

Crédito da foto: Ilustração Fundo eleitoral beneficia campanha dos maiores partidos

Por Victor Farias - G1

As disputas pelos governos estaduais podem ser bastante desiguais no quesito dinheiro para a campanha, apontam dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) coletados nesta quarta-feira (21). Em 5 estados o candidato que mais recebeu verbas até o momento tem pelo menos o dobro do candidato que aparece em segundo lugar no ranking.

É o caso de Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Maranhão.

A verba a mais, apesar de ajudar na campanha, não garante que o candidato esteja na frente das pesquisas de intenção de votos do Ipec (ex-Ibope) divulgadas até o momento: em 12 dos 27 estados, o candidato com mais verba lidera as disputas. É o caso de Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins.

No entanto, há estados em que, mesmo com o dobro do valor em verbas, o candidato está longe do primeiro colocado. Em Minas Gerais, por exemplo, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) recebeu R$ 16 milhões, enquanto o atual governador do estado, Romeu Zema (Novo), recebeu R$ 7,3 milhões.

Na última pesquisa Ipec, divulgada na terça-feira (20), Kalil tinha 29% das intenções de voto, ante 46% de Zema, que pode ganhar a disputa já no primeiro turno.

Já no Maranhão, o senador Weverton (PDT) recebeu R$ 11,5 milhões até o momento, contra R$ 5 milhões do atual governador Carlos Brandão (PSB). O candidato do PDT, no entanto, tem 20% das intenções de voto, 21 pontos abaixo de Brandão, que apareceu com 41% na pesquisa Ipec divulgada na terça-feira (20).

Entre os governadores eleitos em 2018, aparecem na liderança de arrecadação de verbas em seus estados Gladson Cameli (PP-AC), Renato Casagrande (PSB-ES), Mauro Mendes (União-MS), Helder Barbalho (MDB-PA), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Fátima Bezerra (PT-RN).

Wilson Lima (União-AM), Ronaldo Caiado (União-GO), Marcos Rocha (União-RO), Antônio Denarium (PP-RR), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Carlos Moisés (Republicanos-SC) são os eleitos em 2018 que não aparecem na liderança em recursos recebidos.

 

No RN

A governadora Fatima Bezerra, que é favorita renovar o mandato já no primeiro turno, foi quem mais recebeu: R$ 7,1 milhões, quase R$ 6,5 milhões a mais do que o segundo do ranking de arrecadação, Fábio Dantas (Solidariedade), que recebeu R$ 611 mil.

O terceiro que mais recebeu foi Danniel Morais (Psol), com R$ 213 mil, seguido de Rodrigo Vieira (DC) com 115 mil; Clorisa Linhares (PMB), 54 mil; Rosália Fernandes (PSTU), R$ 15 mil; e Styvenson Valentim (Podemos), R$ 4,8 mil. Bento (PRTB) e Nazareno Neris (PMN) não têm arrecadação, segundo site do TSE.

 

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