Amina Costa/Da Redação
Pelo segundo mês consecutivo, Mossoró apresentou saldo positivo de empregos, segundo os dados liberados nesta sexta-feira, 21, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados de julho demonstram que o Município fechou o mês com saldo positivo de 684 empregos formais.
Este saldo positivo foi o resultado da realização de 1.801 admissões e 1.117 desligamentos. Os números superaram os que foram registrados no mês de junho, quando o município admitiu 1.813 pessoas e realizou 1.186 demissões, tendo um saldo de 627 empregos de carteira assinada. Estes foram os únicos meses do ano que tiveram saldo positivo de emprego, segundo aponta o Caged.
O setor responsável por alavancar o número positivo de empregos gerados no mês de julho foi a agropecuária. Sozinho, este setor teve um saldo positivo de 645 empregos. Este dado é resultado da realização de 712 admissões e apenas 67 desligamentos, no mês de julho.
O setor, que vinha registrando saldos negativos nos primeiros meses do ano (em fevereiro, por exemplo, o saldo foi de -1.085 empregos), vem se recuperando desde o mês de maio. Em maio, a agropecuária em Mossoró registrou um saldo de 112 empregos formais. Em junho, o setor apresentou uma melhora significativa, com o saldo de 510 empregos de carteira assinada.
No entanto, no acumulado do ano, o setor agropecuário ainda apresenta números negativos na geração de empregos. Entre janeiro e julho, o setor agropecuário realizou 1.525 contratações e 2.407 desligamentos de profissionais, o que gerou o saldo de -882 empregos formais, em sete meses. Os três primeiros meses do ano foram os mais críticos para o setor, onde os saldos de empregos foram de -426, -1.085 e -550, respectivamente.
Outro setor que apresentou números positivos no mês de julho foi o de serviços, com saldo de 43 empregos formais. Este setor admitiu 365 pessoas e realizou 322 desligamentos, durante o 7º mês do ano. Os números do último mês foram bem menores do que os registros do mês de julho, quando o setor teve um saldo positivo de 331 empregos de carteira assinada.
Setores como construção civil e indústria também apresentaram saldos positivos de emprego, embora com pouca expressividade, em relação a outros setores da economia. A construção civil teve saldo de 17 empregos (195 admissões e 178 desligamentos). Este também é o segundo mês consecutivo que a construção civil apresenta números positivos, despois de meses acumulando saldos negativos de empregos formais.
O mês de julho foi o segundo do ano onde o setor industrial de Mossoró apresentou números positivos, conforme o levantamento do Caged (apenas em janeiro o setor havia tido números positivos). Com 220 admissões e 205 desligamentos, o setor fecou o mês com o saldo de 15 empregos gerados. Os meses de abril, maio e junho foram os mais críticos para o setor onde os saldos de empregos foram de -146, -204, -187, respectivamente.
Apesar de vir apresentando números positivos nos últimos dois meses, os setores econômicos da cidade ainda apresentam, juntos, números negativos no cadastro de empregos, no município. Entre os meses de janeiro e julho, os setores empregaram 9.329 funcionários, mas demitiram 11.505, o que provocou um saldo de -2.176 empregos de carteira assinada na cidade.
Comércio foi o único setor que apresentou saldo negativo
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de julho revelam que o setor do comércio mossoroense vem apresentado números negativos no saldo de empregos formais há quatro meses. Em julho, o setor fechou o mês com o saldo negativo de 36 empregos, resultado de um quadro de 309 admissões e 345 demissões.
O comércio de Mossoró vem acumulando saldos negativos de empregos. Os únicos meses de 2020 que o setor teve saldo positivo foi em fevereiro e em março, com 175 e 19 empregos formais criados, respectivamente. O setor passou pelo seu momento mais crítico no mês de abril, quando realizou 478 demissões e apenas 134 admissões (saldo de -344 empregos).
Entre os meses de janeiro e julho, o comércio de Mossoró admitiu 2.251 funcionários e realizou 2.580 demissões, gerando um saldo de -329 empregos de carteira assinada. O acúmulo de meses com saldos negativos ocorreu, principalmente, devido a pandemia do novo coronavírus, onde muitas empresas fecharam as portas e realizaram demissões em massa.
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