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Postado às 09h30 | 16 Abr 2020 | Redação Casos de dengue e chikungunya crescem no primeiro trimestre

Crédito da foto: Divulgação/PMM/Arquivo Os casos de dengue e chikungunya tiveram crescimento em relação ao ano passado

Em meio à pandemia do novo coronavírus que preocupa os mossoroenses neste momento, os casos de dengue e chikungunya na cidade tiveram um aumento no primeiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a segunda maior cidade do estado tem 50 casos confirmados de dengue nos três primeiros meses do ano. As confirmações para chikungunya chegam a 20. Houve 450 notificações para a primeira arbovirose e 202 para a segunda. A incidência de dengue na cidade ficou em 153,36 por 100 mil habitantes e da chikungunya em 68,69 também por 100 mil habitantes. Os dados estão no Boletim Epidemiológico Arboviroses na Semana Epidemiológica 01 a 14 e coletados até o dia 04 deste mês.

Houve aumento no número de casos confirmados em relação ao mesmo período de 2019. Até o dia 30 de março do ano passado, havia 38 confirmações para a doença causada pelo mosquito Aedes Aegypti com 262 notificações e 66 casos notificados de chikungunya com 12 confirmados. Estes dados foram coletados na SE 01 a 13.

Se os dois primeiros tiveram aumento em relação ao mesmo período do ano passado, Mossoró ainda não notificou nenhum caso de zika no ano, mesmo que o vírus da doença esteja circulando no município, como aponta a Secretaria Estadual de Saúde no último levantamento sobre as arboviroses. No ano passado houve 14 notificações para a doença no período sem nenhum caso confirmado.

Sesap confirma 728 casos de dengue no RN

De acordo com o último levantamento da Sesap, o Rio Grande do Norte notificou 4.077 casos suspeitos de dengue, sendo confirmados 728, descartados 763 e apresentou uma incidência no período de 117,19 casos por 100.000 habitantes. Os números estão na SE 01 a 14. Em 2019, no mesmo período foram notificados 4.076 casos, sendo confirmados 1.107, descartados 1.356 e apresentou uma incidência no período de 117,16 casos por 100.000 habitantes.

A comparação da classificação dos casos de dengue nas SE 1 a 14 dos anos 2019 e 2020, mostra em 2020 um menor número de casos de Dengue confirmados, provavelmente devido ao desabastecimento de insumos para confirmação laboratorial em 2020, como também ao advento do COVID-19, que mudou a dinâmica das notificações nos serviços de saúde.

No ano 2020 a maioria dos casos notificados de Dengue concentra-se na faixa etária acima de 20 anos em indivíduos do sexo masculino.

Já em relação a chikungunya, foram notificados 905 casos suspeitos, sendo confirmados 219, descartados 112 casos e apresentou uma incidência no período de 26,01 casos por 100.000 habitantes. Em 2019, no mesmo período foram notificados 583 casos, sendo confirmados 263, descartados 197 e apresentou uma incidência no período de 16,76 casos por 100.000 habitantes.

A distribuição da incidência de Chikungunya por município de residência mostra que em 2020, a doença está bem distribuída em todas as Regiões de Saúde do Estado. Em relação a demografia da Chikungunya, em 2020 a maioria dos casos notificados concentra-se na faixa etária acima de 20 anos em indivíduos do sexo feminino.

Foram registrados 88 casos prováveis de Zika no Rio Grande do Norte na SE 01 a 14, representando uma incidência de 2,53 casos por 100.000 habitantes. No mesmo período de 2019, foram registrados 113 casos prováveis, gerando uma incidência de 3,25 casos por 100.000 habitantes.

Quanto a classificação dos casos prováveis de Zika em gestante, em 2019, foram notificados 22 casos prováveis, 02 descartados e nenhum confirmado. Em 2020, no mesmo período, foi notificado 04 casos em gestante, nenhum descartado ou confirmado. Os dados foram comparados nas SE de 1 a 14(29/12/2019 a 04/04/2020) nos anos de 2019 e 2020

O que são arboviroses

Arboviroses são doenças causadas por arbovírus e transmitidas por artrópodes como o Aedes aegypti. A alta infestação desse vetor Aedes aegypti em áreas urbanas fazem das arboviroses um dos principais problemas de saúde pública no mundo.

Modo de transmissão

No Brasil, esses vírus são transmitidos para o homem através do mosquito Aedes aegypti. Esse vetor do gênero Aedes, subgênero Stegomyia, família Culicidae encontra-se disseminada em todos os Estados do país e amplamente disperso em áreas urbanas. É comprovadamente responsável pela transmissão de Dengue, Chikungunya e Zika como também pode ser o transmissor do vírus da Febre Amarela em áreas urbanas.

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