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Postado às 10h30 | 04 Dez 2019 | Redação Uern tem boa representatividade de pessoas com deficiência

Crédito da foto: Agecom Uern tem hoje 194 pessoas, entre docentes, discentes e técnicos, com alguma deficiência

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) vem desenvolvendo políticas e ações inclusivas que visam quebrar barreiras e oportunizar o acesso de pessoas com deficiência ao ensino superior. Um exemplo disso é a lei 9.696/2013, que reserva 5% das vagas dos cursos de graduação para pessoas com deficiência.

O resultado desse trabalho é referenciado nacionalmente. Uma matéria produzida pela “Revista Quero”, utilizando dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) no Censo da Educação 2018, aponta que a Uern está entre as instituições do País com maior representatividade de pessoas com deficiência. A universidade ocupa o 11° no ranking nacional.

Conforme dados da Diretoria de Políticas e Ações Inclusivas (DAIN), atualmente a Uern conta neste semestre 178 estudantes, 5 docentes e 11 técnicos com alguma deficiência.

Mas não basta apenas oportunizar o ingresso, é preciso um trabalho sistemático para garantir que esses alunos possam encontrar na instituição um ambiente realmente inclusivo, que permita a eles seguirem até a conclusão do curso. A Uern consolida a cada ano a sua política de inclusão. As ações estão alinhadas com a legislação nacional e as políticas internacionais, sobretudo com a Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Os discentes são acompanhados pela Dain para que sejam feitas as adequações e adaptações necessárias para integrar os alunos à rotina acadêmica. Esse trabalho com vistas à inclusão inicia logo após a aprovação do Sistema de Seleção Unificado (SISU), antes mesmo do ingresso no curso de graduação, com o trabalho da Junta Multiprofissional.

“Todos os alunos que se autodeclaram com deficiência passam pela Junta Multiprofissional da Uern para avaliação. É a etapa onde começa a efetivação do direito. Uma vez reconhecido como deficiente pela Junta, inicia-se todo o acompanhamento sistemático por profissionais qualificados e especializados, considerando as especificações de cada discente com deficiência”, explica a titular da DAIN, Profª. dra. Ana Lúcia Aguiar.

Ela informa que a equipe da Diretoria tem profissionais de psicologia clínica e educacional, pedagogia, psicopedagogia, de Serviço Social que auxiliam os alunos na adaptação e integração ao ambiente acadêmico. A unidade também dispõe de audiodescritores, escribas, transcritores e ledores para auxiliar os alunos com deficiência visual e os intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (libras) para o auxílio dos alunos com deficiência auditiva.

Para o estudante Francisco Marcos da Costa Monteiro, do 5° período de Ciência da Computação, que tem distrofia muscular, o acompanhamento da Dain é de suma importância para as adequações necessárias para que o aluno possa desenvolver toda a sua potencialidade dentro da academia. “A equipe da Dain está sempre à disposição. Eles me ajudam bastante desde que ingressei na universidade”, avalia.

Além do apoio de profissionais especializados para acompanhar os estudantes com deficiência, a Dain desenvolve um trabalho periódico com a comunidade acadêmica para acolher e integrar a todos. A iniciativa reflete em um ambiente acolhedor e propício para que esses discentes possam desenvolver toda a sua potencialidade.

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