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Postado às 10h00 | 09 Set 2019 | Redação Com umidade de apenas 30%, Mossoró está em estado de atenção

Crédito da foto: Arquivo/Marcos Garcia Altas temperaturas implicam na queda da umidade relativa do ar

Amina Costa/Da Redação

Coceira nos olhos, irritação no nariz e na garganta, sede em excesso. Estes são alguns sintomas que os mossoroenses vêm sentindo nos últimos dias, em decorrência da baixa umidade do ar, que está sendo registrada no município. Especialistas apontam que, em determinados horários do dia, Mossoró registra umidade em torno de 25% a 30%.

Este percentual, geralmente, é registrado entre os horários de 14h e 15h, e coloca Mossoró em estado de atenção.  O meteorologista, José Espíndola, explica que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual adequado para que o ser humano consiga desenvolver todas as suas condições vitais é de, aproximadamente, 60%.

O meteorologista comenta ainda que os últimos meses do ano são, historicamente, mais quentes e, consequentemente, a umidade tende a diminuir. Ainda de acordo com o José Espíndola, a situação atual de Mossoró se torna preocupante, porque a cidade está localizada a 40 quilômetros do oceano. Esta proximidade tende a aumentar a umidade da região.

“Nós entramos na época mais quente do ano, as tendências são de que a temperatura aumente até dezembro, e que a umidade relativa do ar caia. Nós estamos muito próximos do oceano atlântico, mas em determinados momentos da tarde, principalmente entre 14h e 15h, estamos registrando valores de umidade entre 25% e 30%, que passa a ser preocupante”, relata o meteorologista.

A Organização Mundial da Saúde categoriza o percentual de umidade relativa registrado nas cidades da seguinte forma: de 20% a 30% significa estado de atenção, entre 12% e 20% a cidade entra em estado de alerta, já índices abaixo de 12% entram em estado de emergência. Atualmente, em alguns horários do dia, principalmente no período da tarde, a umidade relativa registrada em Mossoró, coloca o município em estado de atenção.

“A nossa sorte é que isso tem acontecido em alguns momentos do dia. Já que estamos próximos do oceano, ocorre muito a chegada de massas de ar úmida para a nossa região, o que tem amenizado a nossa situação. De qualquer forma tem que ficar atento porque umidade baixa prejudica pessoas que têm problemas respiratórios, também crianças e idosos, porque resseca a garganta, as narinas, os olhos”, relata o meteorologista.

José Espíndola disse ainda que a tendência daqui para o mês de dezembro é de temperaturas altas, baixa umidade, vento com maior velocidade e muita poeira na cidade de Mossoró. “Essa é uma característica do final do ano, uma vez que a vegetação que fica em direção às praias já secou e morreu. E agora o solo está descoberto. Como é um solo que tem uma grande quantidade de poeira, esse vento depois de 14h levanta essa poeira e trás para a cidade de Mossoró”, explica o meteorologista.

Manter o corpo hidratado é uma das recomendações para este período

A baixa umidade do ar que está sendo registrada em Mossoró nos últimos dias deve levar os mossoroenses a terem alguns cuidados em relação a hidratação do corpo. O meteorologista José Espíndola explica que é necessário manter o corpo hidratado e o ambiente umedecido.

“Algumas recomendações neste período de baixa umidade do ar é tentar beber muita água, evitar exercícios físicos, principalmente entre 12h e 15h, que são os horários mais quentes. Quem trabalha em ambiente fechado e até para dormir a noite, é bom colocar umidade dentro do quarto, vasilhas com água, toalhas úmidas. Tudo isso facilita para que a umidade do ar não caia muito”, explica José Espíndola.

O meteorologista comentou ainda que já estão se tornando comuns as reclamações de pessoas com lábios e olhos secos. “É uma preocupação que precisa evitar. Quanto maior a temperatura, menor a umidade relativa do ar”, comenta.

José Espíndola informou que, entre as 14h e 15h, Mossoró está registrando temperaturas entre 35º e 37º. Até o mês de dezembro, a cidade deve registrar temperaturas em torno de 38º e 39º. “É bom salientar que essa temperatura é medida na estação meteorológica à sombra. Quem está em condições expostas no centro da cidade, com muito asfalto preto, que absorve muita radiação, a sensação térmica vai ser maior do que os termômetros estão marcando. Se o termômetro marca entre 38 e 39º, a sensação térmica deve chegar ao 42º”, relata.

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