Quinta-Feira, 13 de fevereiro de 2025

Postado às 11h00 | 13 Fev 2025 | redação Uern terá R$ 8 milhões para restauração de acervos científicos e histórico-culturais

Crédito da foto: Agecom Uern Equipe da Uern

A Uern teve dois projetos aprovados na Chamada Pública Finep/MCTI Recuperação e Preservação de Acervos-2024, a qual prevê o apoio a projetos de infraestrutura e serviços de preservação e restauração de acervos científicos e histórico-culturais. O resultado da seleção foi divulgado nesta semana pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

A iniciativa prevê um total de R$ 500 milhões para o apoio a projetos de preservação e restauração de acervos científicos e histórico-culturais. Do montante, cerca de R$ 8 milhões serão empregados em iniciativas da Uern.

Conforme divulgou a Finep, foram contemplados os projetos “Acervos Históricos e Culturais da Uern”, do Departamento de História, e “Coleção Científica de Megafauna Marinha da Uern”, do Departamento de Ciências Biológicas.

Coordenado pelos professores Lindercy Lins e Fabiano Mendes, do Departamento de História, o primeiro projeto tem como objetivo fomentar a política de valorização dos acervos histórico-culturais tutelados à Uern, a partir da instalação de equipamentos multiusuários no Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da Uern (Nudoph).

O projeto foi contemplado com R$ 1,6 milhão — recurso que permitirá a modernização da infraestrutura do Nudoph e irá assegurar a digitalização e preservação de documentos e fontes orais fundamentais para a produção acadêmica e a memória histórica regional.

Dentre os acervos que serão catalogados, armazenados e digitalizados pelo núcleo, está a Coleção Mossoroense, que corresponde à maior coleção temática do Brasil, com cerca de 4.500 títulos, cujos assuntos tratam de várias áreas do conhecimento, desde paleontologia e geografia à poesia potiguar.

Também será feita a digitalização da Hemeroteca composta pelos jornais O Mossoroense (1872-1990), O Bando (1949-1959), Gazeta do Oeste (1977-2016) e O Comércio de Mossoró.

O núcleo tratará ainda de acervo composto por arquivos referentes à história da educação da região. Serão reunidos documentos memorialísticos e históricos, como o acervo permanente da Faculdade de Educação da Uern, projetos, registros acadêmicos e escolares, materiais didáticos, planos de ensino, registros pictóricos, livros de registros e materiais semelhantes.

Megafauna Marinha

Já o projeto “Coleção Científica de Megafauna Marinha da Uern”, coordenado pela professora Bernadete Fragoso, tem como objetivo central preservar, divulgar e restaurar acervo científico de megafauna marinha do Laboratório de Monitoramento de Biota Marinha – Projeto Cetáceos da Costa Branca da Uern.

Através da chamada pública, o projeto receberá R$ 6,3 milhões, que serão utilizados especialmente em ações de proteção, disseminação e acesso das coleções científicas, assim como digitalização e constituição de acervos digitais, incluindo a produção de aplicativos e de software, visando a integridade física e a informatização do material.

Está prevista ainda a adequação dos espaços do acervo de megafauna marinha e de preparação de amostras do laboratório, além da aquisição de materiais e equipamentos, incremento das técnicas de análise e pesquisas e da infraestrutura.

As ações têm entre os objetivos ampliar o conhecimento quanto a espécies pouco conhecidas ou que requerem abordagens multidisciplinares e equipamentos diversificados.

Além disso, a iniciativa também visa oferecer suporte a outros grupos de pesquisa da Uern e de outras instituições, que desenvolvam pesquisas em áreas correlatas com o uso das coleções ou que demandem a utilização dos equipamentos multiusuários adquiridos através da chamada pública.

“Esses investimentos reforçam o compromisso da Uern com a pesquisa, inovação e valorização do conhecimento, ampliando seu impacto institucional e social. A Propeg (Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação) agradece a todos os pesquisadores e pesquisadoras envolvidos na proposta pelo empenho e dedicação, bem como à equipe técnica da Propeg pelo apoio fundamental ao longo desse processo”, destaca a professora Ellany Gurgel, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Uern.

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