As zoonoses, doenças transmitidas de animais para humanos, representam um desafio tanto para a saúde pública quanto para o bem-estar animal, que muitas vezes são vetores ou hospedeiros de agentes infecciosos. Fernanda Araújo, professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, orienta sobre os riscos, os principais sintomas e as medidas preventivas que tutores podem adotar para proteger a si mesmos e seus animais.
Segundo a docente, durante o verão, as zoonoses mais comuns são aquelas transmitidas por pulgas, carrapatos e mosquitos, como febre maculosa, doença de Lyme, leishmaniose (calazar) e dirofilariose. “Esses vetores se proliferam mais facilmente em épocas de maior umidade e calor, o que aumenta o risco para os animais e, consequentemente, para os humanos”, destaca.
Prevenção
A especialista reforça que os tutores têm um papel fundamental na proteção dos seus pets. “Os principais cuidados incluem o uso de repelentes e ectoparasiticidas. É importante lembrar que devemos utilizar produtos diferentes para cães e gatos, então a escolha deve ser feita com orientação de um médico-veterinário”, explica.
Além disso, a professora do curso de Medicina Veterinária da UnP orienta sobre a importância da vacinação de cães e gatos para prevenir doenças graves como a raiva, que é transmitida pelo contato com a saliva de animais infectados, geralmente por meio de mordidas. “Embora a raiva não esteja restrita a uma estação do ano, a manutenção da imunização deve ser feita constantemente”, reforça.
Atenção aos sintomas
Um dos sinais clínicos das zoonoses em animais variam conforme a doença. “No caso da dirofilariose, os pets podem apresentar sintomas cardiorrespiratórios, como tosse persistente. Em outras zoonoses, como a leishmaniose, os sintomas podem incluir lesões cutâneas e emagrecimento”, diz.
“A qualquer mudança no comportamento ou na saúde do animal, como febre, tosse ou letargia, é fundamental buscar orientação veterinária. A identificação precoce destas doenças pode salvar vidas”, conclui a professora do curso de Medicina Veterinária da UnP, Fernanda Araújo.
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