Mossoró, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, aproximou-se da marca de 280 mil habitantes. A estimativa da população do Estado foi de 3.446.071 habitantes. O Censo Demográfico de 2022 mostrou que a população potiguar era de 3.302.406.
Por Edinaldo Moreno / Jornal de Fato
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (29) as estimativas das populações residentes nos mais de 5,5 mil municípios brasileiros. Mossoró, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, aproximou-se da marca de 280 mil habitantes.
Na data de referência de 1º de julho de 2024, Mossoró tinha uma população estimada em 278.034 moradores. O último Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2022 apontou que a população mossoroense era de 264.577 habitantes. Mossoró ganhou no período 13.457 habitantes, o que representa um crescimento na casa dos 5%.
As informações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU). As contagens populacionais são importantes porque servem de referência para vários indicadores sociais, econômicos e demográficos do país.
O IBGE destaca que o estudo é um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios, além de referência para indicadores sociais, econômicos e demográficos.
RIO GRANDE DO NORTE
A estimativa da população do Rio Grande do Norte foi de 3.446.071 habitantes. O Censo de 2022 mostrou que a população potiguar era de 3.302.406. A projeção representa percentual de 4,35%.
De acordo com a última estimativa, Natal tem um total de 785.368 habitantes. Parnamirim, localizada na Grande Natal, continuava como a terceira maior população do estado, com 269.298 residentes.
POPULAÇÃO RECENSEADA E POPULAÇÃO ESTIMADA
A recente divulgação do IBGE relativa à Projeção da População do Brasil para o período 2000-2070 tem provocado alguns questionamentos sobre a diferença entre as populações divulgadas e o quantitativo populacional apresentado pelo Censo Demográfico 2022. Cabe esclarecer, inicialmente, que a diferença encontrada entre os dois valores advém da própria concepção e natureza tanto das Projeções e Estimativas como do Censo.
O Censo Demográfico se constitui em uma pesquisa ampla e profunda da realidade socioeconômica de uma nação, com vistas a traçar o retrato o mais fidedigno possível da sociedade pesquisada. Sua realização ocorre a cada dez anos e envolve um contingente enorme de recursos humanos, tecnológicos e financeiros, para cobrir todos os domicílios e envolvendo toda a instituição nesse processo.
Ainda assim, apesar de todos esses esforços, devido à complexidade e heterogeneidade de um país de dimensões continentais como o Brasil, alguma diferença entre a população recenseada e a população projetada, considerando a estrutura por sexo e idade, tende a ocorrer. Vale ressaltar que diferenças entre população observada no censo e projetada é um fenômeno internacionalmente conhecido, sendo verificado em diversos países.
As Estimativas e Projeções da População, por sua vez, cobrem os períodos intercensitários, além de fornecerem projeções futuras para fins de planejamento. São realizadas a partir de técnicas estatísticas, matemáticas ou demográficas, tendo como principal fonte de informação os próprios censos demográficos.
Assim, as populações oriundas dos Censos e Projeções diferem, uma vez que partem de pressupostos diferentes. No caso do Censo, trata-se da contagem efetiva da população em determinado ano. Os valores projetados ou estimados, por sua vez, têm como ponto de partida a população ajustada do censo, sobre a qual são aplicadas técnicas demográficas (Método das Componentes Demográficas), que tem como principais variáveis a Fecundidade, a Mortalidade e a Migração.
Em outras palavras, a diferença entre as duas populações é explicada pela diferença entre o método de sua obtenção. É importante ressaltar que ambos os processos de trabalho não são excludentes, mas, sim, complementares.
Brasil tem 212 milhões de habitantes, aponta IBGE
O Brasil tinha uma população estimada em 212,6 milhões de habitantes, divulgou nesta quinta-feira (29) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na data de referência de 1º de julho de 2024. Os números atualizados representam uma alta de 4,68% em relação ao Censo de 2022, quando a população era estimada em 203.062.512 brasileiros.
De acordo com o último levantamento, país somava 15 municípios com mais de 1 milhão de pessoas, dos quais 13 são capitais. Ao todo, 42,7 milhões de habitantes estão nestas cidades, representando 20,1% do total do país.
São Paulo continua sendo o mais populoso do país, com 11,9 milhões de habitantes, seguido por Rio de Janeiro (6,7 milhões) e Brasília (3,0 milhões). Completam o ranking dos cinco municípios mais populosos Fortaleza (2,6 milhões) e Salvador (2,6 milhões).
Guarulhos e Campinas, ambos em São Paulo, são os únicos não-capitais que aparecem na lista, com 1,3 milhão e 1,2 milhão, respectivamente. Estes também são os municípios mais populosos entre os 26 municípios com mais de 500 mil habitantes que não são capitais. São Gonçalo (RJ) é o terceiro, com 961 mil.
Ainda segundo o IBGE, 26 municípios tinham menos de 1.500 habitantes. Serra da Saudade (MG) é o menos populoso, com 854. Anhanguera (GO) e Borá (SP), com 921 e 928, completam a lista de municípios com menos de mil habitantes.
O estudo também mostrou a distribuição da população brasileira e dos municípios, de acordo com as classes de tamanho da população. Ao todo, 65,7 milhões de pessoas, ou 30,9% do total, estão distribuídas em 48 municípios com população maior que 500 mil habitantes, ou 0,9% dos municípios brasileiros. Outra parte considerável da população, cerca de 27,3% (58,0 milhões), está nos 339 municípios com população entre 100 mil e 500 mil, que correspondem a 6,1% do total de municípios.
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