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Postado às 09h30 | 25 Jan 2022 | redação Copinha: Palmeiras joga por taça e para enterrar música provocativa

Crédito da foto: Reprodução Endrick é o artilheiro do Palmeiras, com cinco gols

Quando compôs "História pro Sinhozinho", em 1947, Dorival Caymmi não imaginava que parte da melodia seria tão irritante para torcedores do Palmeiras 75 anos depois. O que era um trecho sem letra da canção hoje é frequentemente preenchido com os seguintes versos: "O Palmeiras não tem Mundial, o Palmeiras não tem Mundial, não tem Copinha, não tem Mundial".

Agora, o clube alviverde se vê a três jogos de enterrar a afronta. Está na final da Copa São Paulo de juniores, a tradicional Copinha, que jamais venceu. E novamente disputa o Mundial de Clubes, ingressando na disputa nas semifinais. A decisão está marcada para 12 de fevereiro, quando os palestrinos esperam poder voltar a ouvir Caymmi em paz.

Antes de buscar o título profissional nos Emirados Árabes Unidos, o time tenta nesta terça-feira, 25, erguer pela primeira vez o troféu do torneio de base. O adversário na decisão é o Santos, e o clássico decisivo está marcado para as 10h, no Allianz Parque, com transmissão de Globo, Rede Vida e SporTV.

Só haverá torcida do Palmeiras no estádio da zona oeste paulistana. Desde 2016, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo só permite apoiadores de uma equipe nos clássicos do estado. Na Copinha, o regulamento previa que o dono da melhor campanha teria o apoio da galera em caso de encontro de grandes.

Mesmo assim, o presidente do Santos, Andres Rueda, demonstrou irritação com a FPF (Federação Paulista de Futebol). Ele discordou da marcação da partida para a casa do Palmeiras e apontou que o campo deveria ser neutro. A final do torneio ocorre tradicionalmente no Pacaembu, que foi concedido à iniciativa privada e está em obras.

A agremiação praiana publicou uma nota repudiando a decisão da organização do torneio, dizendo que ela "privilegia o outro finalista e não atente ao princípio de isonomia". A federação respondeu que, "considerando a melhor campanha entre os finalistas e a regulamentação de torcida única, o Palmeiras naturalmente teria sua torcida".

Por isso, explicou a entidade, foi escolhido o Allianz Parque. É no gramado sintético da arena, ao qual estão mais habituados os jogadores alviverdes, que os comandados de Paulo Victor Gomes esperam levantar a taça. Contam com o ainda muito jovem Endrick, de 15 anos, grande aposta do clube.

O Palmeiras não perdeu até aqui na competição. Ganhou sete vezes e empatou apenas uma, quando, já classificado para o mata-mata, adotou uma formação reserva contra o Água Santa. Marcou 25 gols, sofreu cinco e chega na condição de favorito ao encontro com o Santos.

Com seis vitórias e dois empates, o Santos avançou à final fazendo 3 a 0 no América-MG, em São Caetano do Sul, mas o resultado teve um custo alto. Autor de dois gols no confronto, o artilheiro Lucas Barbosa recebeu o terceiro cartão amarelo e terá de cumprir suspensão automática no embate derradeiro.

Campeão da Copinha em 1984, 2013 e 2014, o Santos busca seu quarto título na Copinha. Já o Palmeiras, derrotado na final de 1970 pelo Corinthians e superado pelo Santo André na briga pelo troféu de 2003, espera quebrar a escrita. E começar a acabar com a musiquinha que tanto incomoda seus torcedores.

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