Igor Jesus em Universidad de Chile x Botafogo pela Libertadores
Por Bárbara Mendonça — ge
As expectativas eram altas e acabaram não sendo cumpridas. Nesta quarta-feira, o Botafogo visitou a Universidad de Chile, no Estádio Nacional em Santiago, e acabou derrotado por 1 a 0 em estreia na Conmebol Libertadores 2025. Na condição de atual campeão, o Alvinegro voltou a apresentar um baixo aproveitamento quando teve a posse de bola, criou pouco e também falhou no ajuste fino das finalizações.
Sem Savarino, que permaneceu no Rio de Janeiro com dores na coxa esquerda, o técnico Renato Paiva fez testes para definir quem seria o substituto do venezuelano no ataque. Houve a expectativa por Artur em uma ponta e Santiago Rodríguez na outra, mas a opção foi por um trio com o uruguaio, Matheus Martins e Igor Jesus.
A escalação do Botafogo foi a seguinte: John; Vitinho, Jair (substituindo Bastos, outro desfalque), Barboza e Alex Telles; Marlon Freitas, Gregore e Patrick de Paula; Matheus Martins, Santi Rodríguez e Igor Jesus.
O Botafogo teve lampejos de ofensividade logo no início do primeiro tempo, com bolas lançadas para Igor Jesus, mas sem conseguir finalizar de fato. A posse de bola era, em sua maioria esmagadora, alvinegra: nos primeiros minutos de bola rolando, o clube carioca teve 70% contra 30% da La U.
Mesmo assim, o primeiro lance de perigo veio do lado chileno, quando Leandro Fernández aproveitou contra-ataque e ajeitou na entrada da área para Altamirano, que finalizou para fora aos 11 minutos. No geral, o controle da bola por parte do Botafogo foi pouco efetivo, gerando apenas dois bons momentos na primeira etapa: um chute de Igor Jesus em cima de Castellón, aos 27; e as defesas do goleiro da La U em finalização de primeira de Santi e no rebote de Matheus Martins.
Di Yorio começou a causar maiores dores de cabeça aos 9 do segundo tempo, quando forçou John a fazer uma bela defesa - mas o lance já não valia devido a um impedimento. Cinco minutos depois, entretanto, a La U soube aproveitar os espaços, puxou contra-ataque e o ex-Athletico marcou no estádio Nacional.
O posicionamento do Botafogo no gol chama a atenção, mas a defesa não tem sido um grande problema sob o comando de Paiva, ao menos até aqui. O restante do confronto, sem muitos outros lances de perigo da La U, é um argumento em favor disso. Houve um gol de Guerra, mas este foi anulado por falta em Jair.
Quando a bola estufou a rede de John, Paiva estava passando os últimos ajustes a Elias Manoel e Artur, suas primeiras substituições na tentativa de mudar o panorama da partida. Os dois entraram nas vagas de Matheus Martins e Patrick de Paula, que decepcionaram em Santiago.
Minutos depois, foi a vez de Santi Rodríguez dar lugar a Jeffinho; Marlon Freitas foi posteriormente substituído por Allan. As mudanças surtiram pouco efeito, e o Botafogo prevaleceu tendo dores de cabeça do meio para a frente, pouco encaixado. Houve um momento de insistência em bolas aéreas, sem grande sucesso. Sentada na vantagem do placar, a Universidad de Chile ditou o ritmo.
Há tempo de sobra para que o problema criativo seja corrigido e não vire uma bola de neve, mas é inegável que ele chama a atenção pela segunda partida consecutiva no Botafogo. Como consequência do baixo aproveitamento em Santiago, o ataque titular do Alvinegro chegou a dez jogos de jejum - os últimos a marcar foram Savarino e Igor Jesus em clássico contra o Fluminense, em 29 de janeiro.
Já nos acréscimos em Santiago, Igor Jesus recebeu o primeiro cartão amarelo por se desentender com Guerra. Dois minutos depois, foi expulso: o atacante deixou o braço em Zaldivia e levou o segundo amarelo. Desta forma, está fora do jogo contra o Carabobo, na próxima terça-feira - uma dor de cabeça maior para o camisa 99 do que para Renato Paiva, nas palavras do próprio técnico.
Antes disso, o Botafogo volta ao Rio de Janeiro para enfrentar o Juventude. O duelo pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro será neste sábado, às 21h, no estádio Nilton Santos.
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