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Postado às 15h30 | 09 Out 2017 | Redação Ministério Público Federal pede prisão de Carlos Arthur Nuzman por tempo indeterminado

De acordo com o pedido apresentado pelo Ministério Público Federal, a possibilidade de Carlos Arthur Nuzman responder às acusações em liberdade "é medida absolutamente insuficiente para impedir que atue no sentido de interferir na produção de provas"

Crédito da foto: Arquivo Carlos Arthur Nuzman está preso desde quinta-feira passada, 5 de setembro

O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira (9) a prisão preventiva de Carlos Arthur Nuzman, presidente afastado do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Se convertida em preventiva, a detenção se dará por tempo indeterminado. Ele está preso desde quinta-feira (5) e o prazo para a prisão temporária, de cinco dias, terminaria nesta segunda.

O pedido será analisado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

De acordo com o pedido do Ministério Público Federal, a possibilidade de Nuzman responder às acusações em liberdade "é medida absolutamente insuficiente para impedir que atue no sentido de interferir na produção de provas".

O pedido recente de cooperação internacional com a Suíça, para identificar o patrimônio ocultado de Nuzman em um cofre em genebra, também aparece como elemento para que os procuradores tenham pedido a transformação da prisão em preventiva. "A diligência em questão pode ser evidentemente prejudicada pelo acesso ao referido cofre e movimentação dos bens lá armazenados", argumenta o texto.

Em outro momento do texto, fica claro que Nuzman utilizou dinheiro da Rio 2016 para pagar o escritório de Nélio Machado, seu advogado. Em e-mail mandado em 25 de setembro de deste ano, portanto após ter sido levado coercitivamente para prestar depoimento, Nuzman afirma que a Diretoria Estatutária do Comitê Rio 2016 determinou aprovação do contrato de prestação de serviço com o escritório de advocacia, no valor de R$ 5,5 milhões.

A deliberação para aprovação ou não ocorreria apenas dois dias depois. O documento, segundo o pedido dos procuradores, prova que Nuzman "continua a atuar em benefício próprio, usando os instrumentos do Comitê Olímpico Brasileiro, bem como sua influência sobre as pessoas que lá trabalham".

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